Entrelinhas / Edições

03/11/2016

Um jeito novo de contar uma velha história

Crítica cinematográfica

Do diretor Robert Stromberg, Malévola é sem dúvida um filme que rompe com a tradicional releitura de clássicos da Disney. O longa é mais que um conto de fadas, mais que Angelina Jolie, mais que uma princesa e um príncipe. É a outra face de uma história. Ele traz à tona outra versão da história da Bela Adormecida a partir da visão da até então vilã da trama.

A forma como é mostrada a transformação de um ser puro e pacífico em uma vilã mostra que todo mundo tem dois lados, que toda história tem duas versões. O enredo do conto de fadas pode não ter grandes mudanças, mas o fato de ser a visão da vilã já traz grandes transformações nas imagens, na atuação, nos efeitos especiais.

Algumas atuações não foram das melhores, Elle Fannig (Bela Adormecida) e Sam Riley (Diaval), tiveram papéis e atuações muito simples. Já Angelina Jolie teve uma ótima atuação, soube ir do doce ao amargo, ser a vilã e a heroína da história sem muitas dificuldades.

Para os que não gostam de contos de fadas, o filme tem algo que é incrível, os efeitos especiais. Malévola é todo dirigido por Robert Stromberg, que não é diretor e sim especialista em efeitos especiais; tendo sido premiado duas vezes com o Oscar de melhor diretor de imagem. O primeiro filme dirigido por ele não fugiu dos efeitos especiais, pelo contrário, tem cenas incríveis que parecem reais e que ajudam a tornar mais fascinante a reavaliação do que é um amor verdadeiro.