Caderno 3 / Notícias

31/08/2017

"O motivo do sucesso das barbearias, acredite se quiser, se chama Gusttavo Lima", afirma Rafael Padalecki

Número de estabelecimentos aumentou de acordo com a exigência de cada cliente

O barbeiro Rafael Padalecki tem 23 anos e há dois, trabalha em um centro de beleza exclusivo para o público masculino. “A onda das barbearias começou por aqui há mais ou menos cinco anos e um dos grandes responsáveis pelo seu sucesso hoje foi a onda do sertanejo universitário. Eles lançaram um novo estilo de barba, cabelo e fizeram com que os profissionais se adaptassem a isso”, explica.

Com a capital do sertanejo não poderia ser diferente. Hoje, Goiânia é repleta de barbearias, salões e centros de beleza especializados em estética masculina. Rafael, que é formado em Estética e já trabalhou com o público feminino, destaca que esse é um mercado que cresce e atende as expectativas. “Hoje aqui na barbearia atendemos desde o cliente mais tradicional ao mais moderno”, descreve.

Pensando nos clientes tradicionais, que preferem um simples corte no estilo militar, as barbearias apostam em um design mais rústico que remete àquelas barbearias do começo do século 20. “A maioria dos espaços que atendem somente ao público masculino adotam um estilo que os atraia, como, por exemplo, mesa de sinuca no próprio salão, freezer com cervejas, vídeo games e outros”, afirma Rafael.

Não dá para falar de estética sem ao menos citar o poder e a opinião feminina, afinal, elas mandam quando o assunto é beleza. Rafael diz que muitos dos clientes que frequentam o salão levam as esposas e namoradas por que elas gostam e muitas vezes até opinam no estilo, no corte, sobrancelha e nos outros tratamentos. “Os homens evoluíram em aceitar serem mais vaidosos e as mulheres receberam numa boa essa mudança. Hoje elas não exigem somente o corte de cabelo bem feito, elas querem que seus maridos e namorados façam limpeza de pele e depilação, por exemplo”, conta.

Para Rafael, o cantor sertanejo Gusttavo Lima é o responsável pelo estouro das barbearias. “Em 2013, mais ou menos, o penteado dele se tornou uma febre e logo em seguida, por influência americana, nós conhecemos o corte dégradé e o Brasil recebeu uma enxurrada de profissionais vindos de fora que deram cursos e workshops, tanto que a maioria do maquinário e das técnicas que usamos vem dos Estados Unidos”, destaca o barbeiro.