Há algum tempo, uma expressão tem ganhado visibilidade entre os profissionais das áreas de negócios, principalmente, os gestores de pessoas: People Analytics. O termo se refere a uma metodologia de coleta, organização e análise de dados dos colaboradores de uma organização.

Por Jhonatas Luis 

Ao contrário do que se imagina, a prática não tem o objetivo de vigiar os funcionários, mas compreender os seus hábitos, medos, desejos, padrões de comportamento e demais aspectos que interferem em sua atuação profissional. Conhecer com profundidade o colaborador é vital para que os gestores de pessoas saibam como: motivar os funcionários, descobrir lideranças, reter talentos, evitar fadiga física e mental.

Observa-se que a prática é fundamental para as empresas independentemente do porte ou área de atuação. Ela reflete diretamente na produtividade dos funcionários e consequentemente na satisfação dos clientes. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) aponta que as empresas bem sucedidas possuem uma política de recursos humanos diferenciada e atenta para essas questões. Dessa forma, ter o People Analytics como prática rotineira é essencial para que as organizações consigam os melhores resultados.

Mas de que forma as empresas colocam a metodologia em prática? Não existe uma regra, pois os dados podem ser armazenados e cruzados em diferentes softwares e ferramentas de gestão do trabalho. Uma pesquisa divulgada pela Forbes aponta que 69% das empresas americanas já utilizam a análise de dados para gerir pessoas. E a tendência é que com desenvolvimento de tecnologias como o Machine Learning e a inteligência artificial, o People Analytics ganhe adesão ainda maior.

É importante ressaltar que as empresas devem utilizar fontes seguras, transparentes e confiáveis para coletar essas informações e que haja uma atualização constante delas. Assim, pode-se cruzar os dados do funcionários a partir de redes sociais, reuniões e entrevistas, tendências de vendas e marketing e relatórios de desempenho, por exemplo. Enfim, as fontes são inúmeras.

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