A acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, Flávia Cirqueira participa de Congresso Nacional sobre Direito Urbanístico entre os dias 22 e 24 de outubro em Palmas, no Tocantins. A organização do congresso é da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e o artigo selecionado também teve a participação dos egressos Mardokai Oliveira e Whallst Guibson sob a orientação da professora Paola Regina Monteiro.  

Por Amanda Costa

"Goiânia e os Caminhos da Mobilidade" é o artigo que será apresentado em um dos grupos temáticos do Congresso Brasileiro de Direito Urbanístico. A proposta do congresso é ter uma pluralidade de temas que vão desde o racismo, machismo e LGBTfobia a questões políticas urbanas e ambientais. A pesquisa feita por acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIALFA começou a ser desenvolvida, no período em que eles eram alunos especiais no Mestrado de Planejamento Regional do Centro Universitário Alves Faria.

Segundo Flávia além da aula no mestrado, o grupo participou da iniciação cientifica de Planejamento Estratégico de Cidades. Foi essa iniciação que fomentou os dados necessários para o artigo.

"Existe uma legislação nacional que estabelece que as cidades com mais de 20 mil habitantes tenham plano de mobilidade. Assim como tem o plano diretor tem que ter um plano de mobilidade e nós diagnosticamos que Goiânia ainda não tem esse plano de mobilidade", afirma.

Caminhos da Mobilidade

As cidades que são competitivas internacionalmente, como as cidades da Europa por exemplo elas tem uma logística muito funcional. Os acadêmicos observaram por meio da pesquisa que em Goiânia existe uma dificuldade de inclusão social. Ou seja, muitos bairros não tem acesso a alguns tipos de serviços e bens que estão mais centralizados. Ou tem acesso, porém após duas horas por meio do transporte coletivo.

No bairro de Campinas, por exemplo o trânsito é um transtorno. A cidade não planejou um sistema logístico para aquele local. "Você tem comércio popular, comércio de atacado e uma demanda de produtos em uma região, daí a logística fica prejudicada", explica Flávia.

Sobre ciclovias o grupo observou que houve uma evolução, principalmente na implantação das bicicletas compartilhadas. "O problema da locomoção de bicicleta em Goiânia é que a cidade é espalhada. Se você trabalha na UNIALFA e mora no setor sudoeste para vim de bicicleta é complicado. Goiânia não foi planejada para ser uma cidade compacta para as pessoas acessarem rápido os locais", complementa.  

O Congresso

O Congresso Brasileiro de Direito Urbanístico é realizado a cada dois anos e é promovido pelo IBDU com objetivo de reunir juristas, operadores de direito, urbanistas, pesquisadores, estudantes e demais profissionais que atuam com o tema do urbanismo em todo o Brasil. 

O tema de 2019 é "A política urbana em xeque", cujo propósito é discutir as interfaces do direito urbanístico e quais as diversas mudanças que estão ocorrendo em relação à política urbana.

Esses são os acadêmicos que desenvolveram a pesquisa