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Treinamento X desenvolvimento

Publicado em 02/08/2019

Sabia que os programas de treinamento e desenvolvimento nas organizações são investimentos que podem aumentar a produtividade de forma substancial? Além disso, os gestores precisam ter sempre em mente que valorizar as qualidades de cada pessoa da equipe e incentivar o seu trabalho é a chave para ter profissionais felizes e produtivos.

 *Maria Regina da Silva Lima 

O treinamento é um processo dedicado à aquisição de novas ferramentas e técnicas, enquanto o desenvolvimento trata do aprimoramento das capacidades. Treinamento e desenvolvimento (T&D) são duas palavras fundamentais para o sucesso de uma organização. As práticas envolvendo tanto o treinamento, quanto o desenvolvimento são tendências em meio a tantos esforços para colocar empresas a frente da concorrência.

É importante frisar que T&D estão relacionadas à aprendizagem: como as pessoas, equipes e organizações aprendem. É um conjunto de ações para qualificar e reter os profissionais em sua atuação dentro da empresa, bem como pode ser uma ferramenta para alinhar atividades para serem desempenhadas por eles aos objetivos organizacionais.

Afinal, qual garante melhores resultados?

O treinamento é o processo de aprendizagem focado no curto prazo a ser aplicado no cargo. Nesse aspecto as pessoas aprendem técnicas e adquirem habilidades e competências em função do objetivo daquele trabalho. Segundo McGehee (2009) é o processo que compreende as atividades para a aquisição de habilidades motoras até o fornecimento de conhecimentos técnicos. Para um entendimento mais claro, Chiavenato (2009) explica que o treinamento significa "o preparo da pessoa para o cargo".  Normalmente, nem sempre ele é planejado, o que se percebe é que ocorre aleatoriamente em casos onde surge uma oportunidade ou necessidade nas empresas.

Já o desenvolvimento busca ampliar a potencialidade do aspecto de aprendizagem das pessoas. Ele é feito de forma planejada e de acordo com a estratégia da empresa. O objetivo é atingir resultados a médio ou a longo prazo, proporcionando esforços para preparar as pessoas para o futuro. Geralmente, o que dificulta a sua aplicação nas empresas está associado ao tempo de retorno. Isso porque requer mais investimentos e ações mais focadas em resultados a longo prazo.

As empresas que não investem em T&D estão assumindo o risco de terem dificuldades, visto que tendem a não ter pessoas preparadas e qualificadas para um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Assim, essa área deve ser percebida como um centro de desenvolvimento, não apenas de custos, e que trará melhorias significativas na execução do trabalho. 

Maria Regina da Silva Lima é coordenadora dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNIALFA. É pesquisadora sobre temas relacionados à Gestão e Pessoas e possui mestrado em Desenvolvimento Regional.