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Seu nome não tem preço!

Publicado em 18/07/2019

João Paulo Nunes emprestou o nome dele para a tia comprar um fogão. Ela realizou o sonho de cozinhar de forma mais eficiente e prática, porém o sobrinho amargou por 10 meses as inúmeras ligações de cobrança da empresa que vendeu o eletrodoméstico. O pior foi que ele ainda teve o nome negativado por 6 meses.

Essa história se repete muitas vezes de acordo com a pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas (Cepem) da UNIALFA. O levantamento sobre o endividamento do consumidor goianiense apresenta que praticamente 30% deles foram avalistas de alguém nesse primeiro semestre do ano.

Essa questão de emprestar o nome para alguém é problemática. Afinal, a pesquisa aponta que 21,4% deles acabaram cobrados repetidas vezes; 17,4% tiveram que pagar a dívida; 15,8% ficaram com o nome sujo durante algum tempo e 4,6% tiveram que negociar a dívida.

Para o economista Aurélio Troncoso, coordenador do curso de Ciências Econômicas da UNIALFA e responsável pela pesquisa, até mesmo quem tem o hábito de planejar bem a sua vida financeira coloca-se em risco ao comprar algum produto para outra pessoa.

"Outro problema recorrente, que tem elevado muito os índices de endividamento no país, são os filhos e netos que pegam empréstimos consignados em nome de aposentados", alerta Aurélio Troncoso.

Pesquisas já mostraram que quase 36% dos empréstimos feitos por idosos são para terceiros e que a maioria deles acaba tendo algum prejuízo depois.

Cepem

O Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas da UNIANLFA aplicou no total 503 questionários na cidade de Goiânia durante a última semana do mês de maio. Dos quase 30% entrevistados que avalizaram alguém as mulheres foram maioria com um percentual de 15,9%.

 

 

PROBLEMAS POR AVALIZAR ALGUÉM ? QUAL 2019/1