No MBA em Gestão Industrial da UNIALFA serão discutidas as práticas, técnicas e necessidades para análise, projeto e gerenciamento de soluções que garantam assim a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos recursos de TI. Tudo isso para garantir a segurança das informações no setor industrial.

Por Amanda Costa

As informações são o centro de conhecimento das empresas. Com elas, é possível controlar máquinas, fazer previsões, analisar a produção e tomar decisões estratégicas. Por sua importância, a informação também é muito cobiçada e passou a ser alvo de ataques. Sequestro e roubo de dados importantes das empresas são práticas usadas para extorquir dinheiro ou adquirir vantagem. 

Segundo o professor Robson Levi, um dos maiores desafios é garantir a segurança das informações possibilitando a automatização da indústria. "Tendo em vista que todas as novas tecnologias precisam estar conectadas à rede ou armazena dados da empresa", afirma.

Para proteger dados preciosos, foi criada a Segurança da Informação (SI). Por meio de processos físicos e onlines são garantidos diferentes níveis de segurança. O conceito abrange não somente a proteção de dados, mas também de sistemas completos que podem ser usados para controlar a produção, monitorar uma máquina ou servir como meio de comunicação, por exemplo.

A proposta da disciplina "Segurança da Informação e Integridade de Dados" é apresentar o conceito de informação, navegação segura, classificada, interna X externa e ainda apresentar aos alunos o âmbito regulatório.

"Temos uma lei que rege a proteção de dados (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709/2018) e para indústrias farmacêuticas e alimentícias temos normativas da ANVISA. Com este cenário desafiarei os alunos a visualizarem ações simples como o conceito de senha segura e posteriormente trabalharemos algo mais complexo como avaliação de sistemas, confidencialidade, integridade e disponibilidade de dados", explica Robson Levi.

Entenda melhor o que significa esses três principais itens da SI:

Confidencialidade - Este termo tem a ver com a privacidade dos dados. Ele se relaciona com as atitudes tomadas para que somente pessoas autorizadas tenham acesso à informação ou sistema.

Segundo o professor no MBA em Gestão Industrial será trabalhado não somente dados físicos ou sistêmicos, mas o conceito. "Até mesmo porque não adianta termos o melhor firewall do mundo, se o funcionário responsável por compras na empresa em uma conversa informal passa informações estratégicas para outras pessoas, que podem ou não se beneficiar destes dados. Ou o colaborador que anota a senha no monitor para não esquecer", exemplificou.

Integridade - É a garantia de que os dados cheguem ao seu destinatário final do mesmo modo que saíram do seu emissor, sem que no caminho sofram interferências externas que os corrompam, comprometam ou danifiquem.  Para as indústrias farmacêuticas e alimentícias a ANVISA cobra muito esse ponto, sendo algo imprescindível para que possamos garantir que tudo que foi armazenado, coletado, aprovado ou assinado esteja correto.

Disponibilidade - A informação deve estar disponível somente durante o tempo, e horários necessários, desta forma vários pontos referentes à segurança são mitigados. "Por exemplo: um colaborador que detém as fórmulas de um determinado medicamento não deve acessa-la do celular pessoal, ou fora do horário comercial, que pode caracterizar em espionagem industrial ou uma tentativa de roubo de informações por parte de um terceiro elemento", evidencia o professor.