Leonardo Cortez*

A inovação sempre esteve presente na vida do ser humano. Temos uma série de registros que evidenciam o quanto essa competência nos acompanha ao longo da história. As primeiras ferramentas, a utilização do fogo, a criação da roda, navios, energia elétrica, telefone, smartphones, aplicativos, inteligência artificial... sob o ponto de vista tecnológico continuamos evoluindo, só que agora é por dia, ou por hora, ou por minuto? Me atrevo a dizer que a cada segundo há algo novo por aí.

Destaco que, para ir mais longe e acompanhar esta (r)evolução tecnológica, precisamos desacelerar um pouco e olhar com mais generosidade e coragem para nós mesmos. Há um movimento ganhando corpo nos últimos anos e que se destacou no segmento da saúde, que é a humanização.

De acordo com o Ministério da Saúde, "a humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde. Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários, da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde". Esta citação deixa bem claro que o foco da humanização está direcionado para as pessoas envolvidas no processo: pacientes e profissionais da saúde.

Humanizar nada mais é do que trazer a empatia, o respeito e a colaboração para o mesmo plano com um objetivo em comum. Hoje nas organizações, valoriza-se muito a experiência do cliente. Negócios estão sendo reinventados sob a ótica do Customer Centric, o cliente no centro do negócio, por exemplo: Uber, Ifood, Nubank entre outros.

Parece óbvio, mas não é! Muitas organizações não possuem este mindset, por isso estão sofrendo e até fechando as suas portas.

Enquanto isso, algumas empresas foram além, não só criaram experiências significativas para os seus clientes como também criaram momentos relevantes para o seu público interno. Comemoração de aniversário, primeiro dia no trabalho, saída e retorno das férias, nascimento de filhos, promoções, conclusão de graduação e pós-graduação entre outras. Iniciativas personalizadas como essas, promovem transformação interna, aumentam os indicadores de engajamento e consequentemente ampliam os resultados das organizações.

Portanto, vejo a humanização como um elemento-chave para a continuidade dos negócios e um resgate para a criação de vínculos entre as pessoas. Profissionais mais empáticos e como foco na melhor experiência do cliente estão entre os mais buscados pelas organizações. Quero deixar uma pergunta para reflexão: Líder, como você tem participado dos momentos memoráveis dos seus colaboradores? Lembre-se: inovação tecnológica e humanização caminham de mãos dadas! Por isso, personalize-se!

Leonardo Cortez - Professor do MBA em Liderança e Desenvolvimento de Pessoas 4.0 da UNIALFA. É trainer e head de Treinamento e Desenvolvimento na Accelere Consultoria.

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