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Curso de Direito promove MMA Jurídico

Publicado em 25/04/2019

A 5º edição do evento traz para o ringue discussões sobre os temas: "sacrifício de animais em cultos religiosos" e "ativismo judicial"

Crédito: Allice Fernandes, Júlia Andrade, Luana Brito, Priscyla Limonta, Stefany Lara e Vitor Costa (Baru - Agência Experimental de Comunicação)

O curso de graduação em Direito do Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA) - Unidade Perimetral realiza a 5º edição do MMA Jurídico nesta quinta-feira. No combate deste ano, os temas selecionados são "sacrifício de animais em cultos religiosos", no período matutino, e "ativismo judicial", no noturno. O palco da competição será o Auditório Maria Dilda Alves, no dia 25 de abril, em dois horários, às 7h30 e 18h30.

De acordo com o coordenador adjunto, professor de direito penal da graduação em Direito do UNIALFA e idealizador do espetáculo, Anderson Brasil, o termo "MMA Jurídico", apesar de fazer referência ao estilo de artes marciais mistas, faz alusão a uma disputa não violenta de conhecimentos. "Se trata de uma atividade de aprendizado desenvolvida por meio de debates acerca dos temas propostos pela coordenação do curso, com o objetivo de promover a interpretação e a aplicação do Direito", reitera Anderson, enfatizando o caráter agregador de competências da proposta.

Nesse intuito, o MMA Jurídico já está em sua 5º edição. Os temas são escolhidos pela coordenação do curso de acordo com as atualidades de grande relevância no mundo jurídico. "Esse ano abordaremos o sacrifício de animais em cultos religiosos no matutino, e ativismos judiciais no noturno, pois a repercussão de ambos fazem com que existam posições pró e contra para serem debatidas", relata Anderson. Ele explica ainda que as equipes pró e contra são sorteadas, pois, no mundo jurídico, o profissional se posiciona de acordo com a situação, tendo que abdicar de suas convicções para fazer valer a justiça.

Há cinco anos fazendo parte do calendário acadêmico do UNIALFA, sempre no primeiro semestre de cada ano, a competição funciona com a divisão de duas equipes, compostas por dez alunos, um de cada período, coordenados por um professor. "Cada edição tem algo novo e é perceptível o potencial e a dedicação de cada aluno. Logo eles serão um sucesso no mercado de trabalho", comenta o professor. Para ele, o evento é único, pelo fato de ter sido criado pela coordenação do curso de forma autêntica, sem inspiração ou cópia. "A essência da ideia prevalece desde a primeira edição, porém, ajustes vão sendo feitos. Como, por exemplo, a adição de árbitros e, claro, os convidados secretos", expõe.

Técnicos e alunos

Anderson revela que a grande novidade deste ano será que o técnico - professor que acompanha cada time - terá um auxiliar técnico, que é um ex-aluno que já participou do MMA Jurídico. "Cada ano é como se fosse o primeiro e a expectativa é uma das melhores. Tenho certeza que tanto o público interno como o externo gostará muito do que verá e será o melhor MMA de todas as edições." Uma das novidades, segundo ele, é a arrecadação de leite para doação. É sugerido aos participantes que levem um litro de leite, cada, para o evento.

O estudante do curso de graduação de Direito Leonardo Santana participou do MMA no ano de 2017, cujo o tema era a desmilitarização da Polícia Militar. Ele afirma que fez parte da equipe a favor e teve que se dedicar muito, pois é difícil e gera ansiedade estar diante do público. "Entrei com um posicionamento e saí com outro, antes era contra e depois me tornei a favor", relata Leonardo. Em relação ao curso, o aluno explica que o evento lhe deu uma motivação para continuar estudando na graduação que escolheu. Além disso, ele destaca a importância de saber que uma história tem dois pontos de vista.

Já para o estudante Vinícius Lobo, que irá participar da 5ª edição no embate sobre sacrifício de animais em cultos religiosos na equipe a favor, a preparação tem sido difícil nas últimas duas semanas, com leituras práticas oratórias. ?"Minha expectativa em participar é grande desde a edição que pude presenciar em 2018. Além disso, o evento me motiva a continuar no curso, pois temos a oportunidade de colocar em prática o aprendizado, saindo da teoria. Isso é essencial para melhor assimilação do conhecimento", destaca Vinicius.

Para as discussões, os alunos são orientados por professores da instituição. Pela manhã, os técnicos são o professor Rômulo César, que defenderá o uso de animais em rituais religiosos e o professor Alano Franco, que construiu argumentos contra esse tipo de prática. No noturno, Susana Silva comanda o time a favor do ativismo judiciário e enfrenta o professor Felipe Bambirra, que tenta um nocaute discorrendo contra essa temática.

Segundo Rômulo, é um desafio lidar com o tema sobre o sacrifício de animais, mas, ao mesmo tempo, estimula os alunos a pesquisar e desmistificar esse rituais mostrando o porquê e como são feitos. "A intenção é mostrar os aspectos técnicos e dar a percepção clara às pessoas de que é preciso trabalhar com muito mais intensidade as liberdades religiosas no nosso país", afirma o professor. No caso do ativismo judicial, Susana afirma ter construído uma argumentação multidisciplinar que inclui direito constitucional, ciência política, sociologia e filosofia.