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Curso de Direito promove debate sobre violência contra mulher

Publicado em 29/03/2019

Encontro contou com a participação de profissionais das áreas jurídica, de psicologia e de empreendedorismo

Repórter: Vitor Costa (Baru - Agência Experimental de Comunicação)

No último dia 26, o curso de Direito do Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA) promoveu um debate com o tema "Mulher: padrões impostos pela sociedade, preconceitos e desafios". O evento foi realizado no auditório do Bloco D da Unidade Perimetral e contou com a participação da coordenadora do curso, Maria Izabel Melo, da professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Vera Morselli, da especialista em psicologia jurídica Laura Bettancourt e da consultora Esthersanne Amorim, do Sebrae ? Goiás.

O debate contou com mediação do vereador de Goiânia, Andrey Azeredo (MDB), que idealizou a campanha "Não Vai Ter Psiu!", promovida pela Câmara Municipal de Goiânia desde janeiro de 2017. Durante o evento, os convidados discutiram as consequências da violência doméstica contra a mulher, ao apresentarem estatísticas e vídeos com informações aprofundadas sobre a temática. Para Vera Morselli, a ocasião foi muito oportuna porque permitiu que o público tomasse conhecimento sobre o assunto. "O debate foi de grande importância, pois teve muita consistência teórica e foram apresentadas estatísticas concretas sobre o assunto". 

Além disso, a psicóloga pontuou a relevância de convocar os presentes à reflexão de diferentes saberes por meio do diálogo. Maria Izabel também ressaltou a perspectiva multidisciplinar da discussão. "É preciso refletir sobre o papel da mulher, porque somos de uma sociedade patriarcal. Repensar a mulher nas áreas da sociedade como política é fundamental".

A coordenadora do curso de Direito ainda enalteceu a apresentação de proposições sobre como inserir as mulheres no mundo empresarial. Segundo Esthersanne Amorim, a iniciativa foi uma oportunidade de mostrar o potencial do empreendedorismo para superar a violência doméstica. Ela destacou a relevância de discutir projetos na área do empreendedorismo feminino com o intuito de permitir às mulheres que saiam da condição de violência. Andrey Azeredo também enfatizou a importância de fazer com que as pessoas que passam por essa situação saibam sobre seus direitos.

Marina Mendonça, aluna do 3º período de Direito, acentuou que a abordagem sobre a violência doméstica na academia é uma forma de levar esclarecimento a comunidade por meio do conteúdo mostrado. "A relevância do assunto em um ambiente acadêmico é porque busca levar mais informações às pessoas, pois existe um grande número de mulheres no país que são violentadas frequentemente e a maioria não denuncia por medo de ser agredida pelo parceiro", disse Mendonça.

Também estudante do 3° período do curso, Vinicius Reis destacou que a palestra serviu para ampliar os seus conhecimentos, com o intuito de, no futuro, desenvolver um projeto para mudar esse quadro. "A violência contra a mulher é um assunto atual, por isso é preciso adquirir essa consciência, para desconstruir esses padrões na sociedade", avaliou o discente.

Já a estudante do 6° período Jaqueline Paixão ressaltou que a discussão contribuiu para construir um pensamento mais aprofundado acerca do assunto, além de evidenciar como o empreendedorismo contribui para superar situações de violência. "O debate foi muito construtivo porque é importante termos esse pensamento crítico sobre a violência contra a mulher. Isso nos tornará cidadãos e profissionais mais éticos", acentuou a acadêmica.

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